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BIOSSEGURANCA EM CENTROS DE ESTÉTICA- EPI e suas funções e importância do uso.

 

PUBLICADO EM 2015 - MICHELLE KAROLYNE ALVES SOARES

2.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI).

 

  O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Norma Regulamentadora 6 – NR 6, da Portaria nº 3.214/1978, considera Equipamento de   Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a   saúde no trabalho.   A seguir serão abordados os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados quando houver contato com material biológico ou risco de contaminação.   

 

2.2.1 Gorro

  É uma medida de segurança e de higiene. O gorro evita a queda na área do procedimento que representam uma fonte de infecção, já que podem conter inúmeros microorganismos. Também promove uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos cabelos através de secreção que podem atingi-lo, além de evitar que microorganismos possam colonizar os cabelos do profissional.   Assim ele protege tanto o profissional como cliente.   É indispensável que se atente ao uso correto do gorro garantindo sua eficácia. Antes de colocar o gorro os cabelos devem ser presos. Ele deve cobrir todo o cabelo e orelhas e verificar se não há mechas soltas.   Ele deve ser trocado entre cada atendimento, devido ao suor e sujidade. Gorros descartáveis não devem ser guardados, pois representam um meio bastante propício à proliferação de bactérias.  

 

 2.2.2 Máscara

   Representa uma importante forma de proteção das mucosas da boca e do nariz, contra a ingestão ou inalação de microorganismos. A sua utilização é muito importante devido à proximidade entre o profissional e cliente durante o atendimento. A esteticista está com sua boca muito próxima a do cliente, existindo a possibilidade de tanto o profissional quanto o cliente, ao falar, tossir ou espirrar, lançar gotículas de saliva contaminadas por microorganismos, sendo assim a máscara protege tanto o profissional como o cliente. Também há o risco de que   durante a extração, principalmente de pústulas, o conteúdo possa atingir o rosto do   profissional.   O uso incorreto diminui a proteção proporcionada pela máscara. Ela   deve ser colocada de modo que cubra toda região da boca e nariz. As máscaras   podem ser de fitas ou elásticos e eles devem ser colocados a inferior na região da   nuca e a superior atrás da orelha sobre o gorro (não anulando, assim, a eficiência   deste). Deve-se deslizar os dedos sobre o nariz, na região superior da máscara,   modelando-a ao rosto com a curvatura da parte metálica, garantindo a sua eficácia.   Deve-se observar se, ao respirar, os óculos embaçam, se sim, é um indício de que   ela foi mal colocada. Falar, tossir ou espirar com muita freqüência diminui a eficácia   do equipamento, pois a pressão do ar causa obstrução no tecido da máscara,   devendo nesse caso ser trocadas com mais freqüência para garantir a proteção.    

 

2.2.3 Óculos De Proteção 

 Os óculos, assim com as máscaras, também representam uma   barreira de proteção de transmissão de infecções, mais particularmente, uma   proteção para os profissionais, diante do risco de fluídos contaminados como   sangue, exsudatos e secreções, atingirem diretamente os olhos. Os óculos de   proteção devem ser usados para evitar que sangue, exsudatos como pus ou   secreções como saliva, atinjam os olhos do profissional durante o atendimento, visto   que a conjuntiva do olho apresenta menor barreira de proteção que a pele.  O uso correto dos óculos de proteção também é essencial para a   sua eficiência, devendo, este, ser colocado depois do gorro e máscara. Os óculos,  justamente por não serem um material descartável, devem ser limpos com sabonetes líquidos germicidas ou soluções anti-sépticas, enxaguados e secados com toalha de papel. É importante que eles estejam adaptados ao rosto do profissional. Em caso do esteticista usar óculos de grau este pode, e deve, ser usado por baixo dos óculos de proteção.

 

 2.2.4 Luvas

 Servem como barreira mecânica para as mãos, sendo consideradas como uma "segunda pele". É uma medida de proteção, tanto para o profissional quanto para o cliente. Devem ser utilizadas sempre que houver a possibilidade de contato com sangue, secreções, mucosas e tecidos, devendo ser trocadas a cada cliente.O uso das luvas deve ser antecedido pela lavagem correta e  adequada das mãos usando sabão para uma limpeza mais eficiente e higienizá-las lavando o dorso da mão, a palma, os dedos, unhas e pulso, diminuindo a quantidade de bactérias presentes prevenindo possíveis irritações na pele. Atentar-se para não contaminar as mãos ao fechar a torneira, em caso destas não serem automáticas utilize papel toalha para fechá-las. A primeira luva a ser calçada deve ser colocada segurando pelo verso, evitando a contaminação da luva, já a outra pode ser calçada normalmente. Não se deve manipular objetos como caneta, fichas de clientes, maçanetas ou qualquer objeto que esteja fora do seu campo de trabalho com o uso de luvas, nesse caso deve-se usar sobreluvas. As luvas deverão ser retiradas logo após o término do

tratamento do cliente e deve ser retirada pelo verso evitando a contaminação da mão com a matéria orgânica presente nas luvas. Ela deve ser descartada.


2.2.5 Avental

 Os vários tipos de aventais são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microorganismos. Previnem a contaminação das roupas do profissional, protegendo a pele da exposição a fluídos como sangue, exsudatos e secreções orgânicas.

 Os aventais não precisam necessariamente ter a cor branca, apesar de favorecer a visualização de sujidades. Devem conter mangas longas para que os punhos possam ser cobertos pelas luvas para permanecerem descontaminados, o que irá possibilitar uma melhor proteção do profissional. Os aventais devem ser trocados, sempre que apresentarem sujidades e contaminação visível seja por  sangue ou por secreções orgânicas. Devem ser utilizados somente na área de trabalho e nunca devem ser guardados no mesmo local, onde são guardados objetos pessoais. Usá-los fora do ambiente de trabalho além de anti-higiênico é antiético, tendo inclusive leis que proíbem o uso dos mesmos fora do local de trabalho, visto que eles podem transportar microorganismo causadores de doenças infectocontagiosas pondo em risco a saúde dos demais.

 

2.3 DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS

  "Infecção é a invasão do corpo por microorganismos patogênicos e a reação dos tecidos à sua presença e à das toxinas por eles geradas". (PACIORNIK,  1975, p. 313).  Segundo Teixeira e Valle (1996, p. 55-56), as vias de penetração por microorganismos são: via aéreas superiores, via cutânea e via ocular.

 Através das vias aéreas superiores (nariz e boca), o profissional pode inalar ou aspirar, gotículas de saliva ou secreção nasofaringeana

contaminadas, que podem ser eliminadas pelo cliente, durante a fala, tosse ou espirro.

   Por via cutânea, quando o profissional possui cortes ou ferimentos, e entra em contato direto com secreções ou sangue contaminados do cliente ou sofre um acidente com agulha contaminada. Por via ocular, quando secreções contaminadas, atingem a conjuntiva dos olhos.Um exemplo seria durante uma extração, quando o profissional ao realizar pressão com os dedos para extrair uma pústula, o exsudato contaminado atingisse o seu rosto e olhos. 

   As principais doenças infectocontagiosas que podem representar riscos para o profissional de estética na realização de tratamentos são: herpes simples, hepatite B, hepatite C, gripe, resfriado, tuberculose e, até mesmo, a AIDS.  Todas essas doenças são evitadas com o uso correto dos equipamentos de EPI’s.

Muitas dessas doenças podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas menos perceptíveis. Também, o próprio cliente possa está desinformado quanto a quanto à sua condição de portador de alguma doença infectocontagiosa. Sendo assim, o uso indiscriminadamente e não seletivo de EPI’s é muito importante.

 

3 CONCLUSÃO

   Em virtudes dos fatos mencionados nota-se a importância da conscientização do profissional da área de estética aos riscos do qual está exposto e  aos EPI’s necessários para anular esses riscos e proteger o profissional durante a

efetuação do tratamento estético no cliente. Entende-se que o profissional deve  julgar indiscriminadamente que todo cliente possa ser portador de alguma doença infectocontagiosa independente da aparência saudável, visto que algumas doenças podem ser assintomáticas ou terem sintomas menos perceptíveis, deve-se levar em consideração, também, que o próprio cliente possa não está ciente de que possui

 alguma doença contagiosa. Sendo assim o uso de EPI’s (como gorro, máscara, óculos de proteção, luvas e avental) durante tratamentos que exigem do esteticista contato direto com material biológico do cliente (como limpezas de pele) é de suma  importância, visando, assim, a saúde e integridade do profissional de estética.

 

ACESSO EM: 06/05/2016 ás 09:30h

 

OLÁ LEITORES!

 

Em todo tipo de trabalho que oferece risco a saúde, o uso do EPI (equipamentos de proteção individual) é obrigatório, e na área da estética não é diferente. Esses equipamentos devem ser usados pelos profissionais, pois são barreiras de proteção, para que não ocorra contanto direto com material orgânico contaminado e substâncias químicas durante a realização dos procedimentos. Para orientar o uso do equipamento existe a norma NR 6 que regulamenta o  uso do EPI como dito acima . Já a Vigilância Sanitária é o órgão responsável por fiscalizar e fazer valer o uso desses equipamentos. Se os tais não estiverem adequados, o estabelecimento poderá responder a ação de responsabilidade civil e penal além de notificação e multa ao infrator. E desde o ano de 2009 já existe a CARTILHA COM NORMAS SANITÁRIAS PARA SERVIÇOS DE ESTÉTICA E BELEZA, elaborada pela ANVISA. A CARTILHA oferece base para as Secretarias Estaduais de Saúde conduzirem as normas sanitárias para os serviços de beleza e estética.  

 

O profissional esteticista, antes de realizar qualquer procedimento deve estar em uso dos seus EPI, pois esta le dando com vidas. O uso do jaleco, touca, máscara e do calçado fechado é indispensável para qualquer procedimento. Os óculos de proteção são indicados quando houver possibilidade de contato com secreções, mucosa, sangue, excreção e quando houver manipulação de material químico, a luva também deve ser utilizada em todas essas situações, além de ser necessário seu uso quando houver lesão na pele. A touca as luvas e a máscara devem ser de uso único e descartável, trocadas a cada cliente. Já o jaleco não deve ser usado fora do local de trabalho, pois trará e levara contaminação para dentro e para fora do local do atendimento. O uso desses equipamentos visa a proteção tanto do profissional quanto do cliente, que vai ser atendido, pois muitas vezes a pessoa pode ter algum tipo de doença que nem o mesmo sabe.As doenças infecciosas  mais comumente transmitidas nos estabelecimento de beleza são, AIDS,HEPATITE C e B DERMATITES e MICOSES,e além do risco de doenças podem também ocorrer acidentes como derramamento de produtos químicos.Então clientes cobrem dos profissionais o uso dos EPI para sua segurança e a deles.

Referências:

Por Jéssica Coelho

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